quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Refexão Critica


Quando iniciei o curso, a minha perspectiva relativamente ao mesmo era grande. Sabia que não era um curso “normal” mas não tinha ainda a percepção do que iria ter de fazer e o que é fazer o curso EFA.
Foi uma decisão tomada no sentido da valorização pessoal para além de achar que deveria completar as habilitações escolares ao nível de 3º ciclo.
Como nada, neste momento, em termos de emprego, é seguro, e apesar de me encontrar quase desde o início da minha entrada em sectores responsáveis, a executar tarefas com um elevado grau de complexidade e responsabilidade, poderei eventualmente ver o meu lugar em risco pelo facto de não ter o décimo segundo ano de escolaridade. Estes foram os motivos que me levaram a voltar a estudar e a completar o ensino secundário.
Arrependido não estou, bem pelo contrário. Aprendi muito e sinto que saio muito mais valorizado, enriquecido e bem mais preparado, pessoalmente e profissionalmente, do que quando entrei.
Inicialmente encontrei algumas dificuldades na elaboração dos trabalhos pois não conseguia entrar bem no espírito do curso. Mas a insistência e a ajuda que obtive por parte dos professores e dos colegas, fizeram com que essas dificuldades se fossem desanuviando até desaparecerem por completo.
A abordagem das diversas áreas pelos docentes baseou-se fundamentalmente na apresentação de fichas, textos de apoio, PowerPoint, filmes, etc. Nalguns casos enveredou-se ainda pela realização de trabalhos de grupo, discussões colectivas nas aulas sobre determinados temas antes da realização das respectivas fichas.
Para além da abordagem que inicialmente referi, posso acrescentar que houve por parte dos docentes, na sua maioria, explicações sobre os assuntos a serem tratados para além de todo o apoio que nos deram sempre que surgiam dúvidas.

Os colegas de turma
Inicialmente a relação que tínhamos entre nós era um pouco distante, o que era normal, pois não nos conhecíamos e pouco falávamos uns com os outros.
Com o decorrer do curso essa distância foi desaparecendo, dando lugar a um espírito de grupo e em alguns casos resultaram em amizade.
Este espírito de grupo que se formou fez com que entre todos nos ajudássemos e colaborássemos entre nós, não havendo uma competição entre alunos, pois estávamos todos ali para acabar o curso, tirar o 12º ano, independentemente de as razões serem diferentes umas das outras.
Ninguém se achava mais ou menos importante que o outro, mais ou menos inteligente, pois o que nos interessava era que todos nós, sem excepção, terminássemos o curso, e esse objectivo era comum a todos.

Conclusão
De uma forma geral este curso correu bem e foi deveras interessante e muito formativo. Em termos pessoais, foi uma experiência muito enriquecedora por a mesma ter contribuído para alargar os meus conhecimentos em diversas áreas como já referi, em consequência das diferentes pesquisas realizadas para efectuar os diferentes trabalhos propostos ao longo do curso. Vejo agora a Escola segundo uma outra perspectiva, mais formadora, como um contributo para complementar habilitações e formações, e não como uma obrigatoriedade, como aconteceu na minha juventude.

17/12/2010
Américo Pata