terça-feira, 6 de julho de 2010

A Leitura de uma Imagem

A foto representa a minha adolescência num dia de domingo com o mar como fundo. Tinha uns 16 anos e trabalhava no comércio, e antes dessa idade não tinha dinheiro nem meios para adquirir as minhas coisas, e por isso só nesta altura tirei as fotos com a minha primeira máquina. Gosto de ver e estar perto do mar porque transmite-me a paz e gosto dos sons que as ondas fazem. As sombras nos rochedos mostram a tarde que vai surgindo e sente se o Outono nas ondas mais selvagens e inquietas. Essas rochas delinearem-se, estão marcadas pelos sofrimentos com que o mar as trata.


A minha imagem que a foto representa está com uns traços de alegria no meu rosto, porque quem mo tirou disse-me que devia sorrir porque se deve levar a vida assim, com um sorriso nos olhos também.
Encontro me sentado num marco que ajudou na minha pose e descontracção, e com o chão marcado pelas visitas e gasto de verdura que pertencia ter.
Este mar lindo e bravo é um dos lugares preferidos para saborear a harmonia do Sol com as águas salgadas em dias de Verão, e em qualquer altura do ano para observar o infinito do seu horizonte e a sua bravura.
O branco que se parece mais com o algodão é umas das cores que predominam no mar quando se encosta às margens, o azul que se perde no horizonte contrasta muito com os castanhos da terra e os verdes que se alimentam das frescuras mandadas pelo vento.
Sinto me vestido com o conforto dos azuis da roupa compostas dos algodões frescos que combinam perfeitamente com a época que sinto. A minha postura suave e descontraída já é um resultado do ambiente relaxante que essa encosta marítima me oferece.

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